A fraude veio a público durante a CPI da Saúde do Legislativo, no ano passado. A irregularidade envolve o ponto de trabalho de 36 médicos terceirizados do Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (In Saúde), teve uma nova repercussão. Desta vez, foi protocolada um pedido de investigação no Ministério Público Federal (MPF) sobre a devolução do valor pela terceirizada que faz a gestão da UPA Central. O acordo prevê que o valor de R$ 1,3 milhão vai ser devolvido em 10 anos.
A denúncia é de autoria da vereadora Rose Frigeri (PT). O documento foi protocolado na última sexta-feira (02) na sede do órgão, em Caxias. Isso porque o contrato envolve verbas federais. Em dezembro, a parlamentar decidiu fazer um Pedido de Informações ao Executivo. Desde então, Rose contesta o prazo acertado entre o Município e o InSaúde para a devolução do valor. Além disso, a taxa de juros estipulada pelo governo municipal.
Conforme a vereadora, sem retorno do Executivo, a denúncia segue os mesmo questionamentos. Segundo Rose, a dívida é proveniente de uma fraude que envolve dinheiro público e foi reconhecida pela gestão municipal da Saúde. Fato que necessita de esclarecimentos e agilidade diante do retorno dos valores desviados. Ela salienta que os juros cobrados correspondem a um percentual muito abaixo do juro do mercado.
((KEIZE ROSE 1 05-02))
Segundo Rose, uma nova denúncia deve ser entregue ao Ministério Público Estadual, nos próximos dias. A bancada do PT ainda aguarda resposta aos dois pedidos de informação ao Executivo, envolvendo o contrato com Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) para a gestão temporária do atendimento materno-infantil na estrutura do Hospital Pompéia. O Executivo tinha um prazo de 30 dias para responder aos questionamentos. O primeiro pedido de informações teve o prazo encerrado nesta segunda-feira (05), e o segundo, no dia 15 de fevereiro.