Com a chegada de dias mais quentes nesta temporada, o Rio Grande do Sul está enfrentando um aumento nos casos de dengue, uma arbovirose já conhecida pelos residentes locais. O quadro epidemiológico de 2024 ultrapassou os números dos anos anteriores, levando o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) a ficar em alerta durante os meses de janeiro, fevereiro e março, período historicamente marcado pelo pico de incidência da doença.
O crescimento dos casos confirmados de dengue é uma realidade tanto no Brasil como também no Rio Grande do Sul. No ano de 2024, o Estado registrou mais de 200 mil casos confirmados, incluindo cerca de 172 mil casos autóctones (em que a transmissão ocorre dentro do próprio Rio Grande do Sul) e 281 mortes decorrentes da doença. Em comparação, o ano de 2023 contabilizou 73 mil casos confirmados (sendo 34 mil autóctones) e 54 óbitos. Já em 2022, os números foram de 98 mil casos confirmados (58 mil autóctones) e 66 mortes.
É isso que destaca Roberta Vanacor, chefe da Divisão Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Ela afirma que 2024 foi o pior ano no que se refere a casos de dengue na história.
Em relação à incidência da dengue no Estado no ano anterior, foram registrados 1.852 casos prováveis por 100 mil habitantes, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera valores acima de 300 como uma incidência alta.