O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB) concedeu entrevista coletiva sobre a crise meteorológica que afeta o Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (1). Com a atuação por meio de um gabinete de crise, o Secretário- chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, pousou em Caxias do Sul no final da tarde, onde deve seguir para Bento Gonçalves. Enquanto o chefe de gabinete, Euclides Maria da Silva Neto segue para São Sebastião do Caí para acompanhar a situação na região.
Durante o encontro, frente aos 114 municípios atingidos até o momento, o governador evidenciou que os números ainda são imprecisos de maneira que devem aumentar ao longo dos próximos dias. Leite salientou ainda que uma das maiores dificuldades encontradas está nos resgates da população.
Eduardo Leite ressaltou que a situação está em curso, de maneira que as pessoas não devem se colocar em risco para realizar doações e que este ato deve ocorrer de forma coordenada a partir do momento que haja segurança. Ele salientou a necessidade de empenho das principais lideranças para a coordenação de atendimento ao Estado.
Durante a coletiva, também foi anunciado a suspensão das aulas na rede pública estadual nesta quinta-feira (2) e sexta-feira (3). Frente a pessoas que estão isoladas pelas chuvas, Eduardo Leite destacou que os municípios estão trabalhando com planos de contingência para garantir abrigo.
Leite ainda revelou que o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, virá ao Estado nesta quinta-feira (2).
Lula no Rio Grande do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no Estado na manhã desta quinta-feira (2), em decorrência das fortes chuvas e enchentes que atingem novamente o estado. O objetivo é levar o apoio do governo federal e acompanhar de perto a grave situação. O roteiro ainda está sendo elaborado.
“Nós vamos colocar no Rio Grande do Sul quantos homens forem necessários para ajudar”, disse Lula. Em ligação telefônica ao governador Eduardo Leite nesta quarta-feira (1º), ele afirmou que irá ao estado para ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento das pessoas.
Conforme o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, a ideia é que as agendas do presidente ocorram em Santa Maria, na região Central, uma das mais impactadas pelas chuvas.
“Em função das condições climáticas, todas as decisões serão reavaliadas no momento da decolagem”, informou.
Devem integrar a comitiva de Lula os ministros Paulo Pimenta, da Secom; Rui Costa, da Casa Civil; Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional e Integração; Renan Filho, dos Transportes; além do comandante do Exército, general Tomás Paiva; e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Até o momento, o governo federal já disponibilizou oito aeronaves e foram mobilizados 335 militares em apoio às vítimas das fortes chuvas no estado.