Interrompido desde o início de 2025, o serviço de equoterapia para estudantes da rede municipal de ensino foi pauta na sessão desta terça-feira (15) na Câmara de Vereadores. A representante da Associação das Doenças Raras de Caxias do Sul e médica veterinária, Cláudia Comin, discursou a respeito da falta de atendimento a crianças e adolescentes que praticam a equoterapia.
Durante 10 anos, o Executivo Municipal proporcionou o serviço para estudantes da Rede Municipal que necessitavam do auxílio. Porém, no início do ano, a prestação do serviço foi interrompida devido ao centro anterior responsável pela equoterapia encerrar as atividades. Conforme a veterinária, 60 crianças e adolescentes eram atendidos por semana, através de um rodízio, já que a demanda pelo serviço era muito maior. Cláudia explica como a situação transcorreu e espera que um novo edital para o serviço seja implantado em breve.
De acordo com Cláudia, embora a Administração tenha sido informada da situação com antecedência, as providências para nova contratação demoraram a ser tomadas. Apenas em março, após cobranças por parte de vereadores e assessores, a Prefeitura teria iniciado cotações. No entanto, o processo não avançou e, até o momento, não há previsão para retomada do serviço.
A equoterapia se trata de uma abordagem terapêutica que utiliza o cavalo como agente promotor de desenvolvimento biopsicossocial, além de ser reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Segundo Cláudia, a terapia com cavalos vai muito além do
cuidado com a saúde, também auxiliando na coordenação motora e na socialização das crianças.
Ainda segundo Cláudia, crianças com deficiência motora, autismo e outras condições neuropsicológicas são beneficiadas por esse tipo de abordagem, que une terapia e movimento, além de possibilitar uma grande melhora na vida dos jovens, que começam a se manifestar e viver de uma maneira melhor. Ela também destacou que cada atendimento é individualizado. O cavalo, o tipo de sela, o tempo da sessão (geralmente 30 minutos) e os exercícios são escolhidos conforme a necessidade de cada criança.