O verão no Rio Grande do Sul, período que atrai milhares de turistas às praias da região, tem sido marcado por um alerta crescente, o aumento expressivo de queimaduras causadas por águas-vivas. A Operação Verão no Litoral Norte registrou um número recorde de casos, com mais de 9,4 mil pessoas afetadas em apenas 10 dias, representando um aumento de 229% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Na praia de Capão da Canoa, por exemplo, o avistamento de águas-vivas foi especialmente frequente nos últimos dias, com grandes quantidades desses animais na areia. As águas-vivas possuem tentáculos finos e semelhantes a agulhas que, ao entrarem em contato com a pele, liberam toxinas, causando dor intensa.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) de Capão da Canoa, Willen Silva, responsável pelo comando da operação entre Torres e Xangri-Lá, diversos fatores explicam a alta presença de águas-vivas. Entre eles estão a elevação da temperatura da água e as correntes marítimas vindas do Norte, que trazem nutrientes e criam condições ideais para a proliferação desses animais na costa gaúcha.
O capitão ressalta a importância das ações de prevenção e orienta que, em caso de queimadura por água-viva, é fundamental procurar imediatamente uma guarita de salva-vidas. Os profissionais do Corpo de Bombeiros, treinados para lidar com esses casos, utilizam vinagre para neutralizar as toxinas e aliviar a dor.
O aumento no número de incidentes reforça a necessidade de cuidados redobrados nas praias, especialmente durante o verão, período em que as águas-vivas são mais comuns.