Atingido pela terceira vez em menos de nove menos por catástrofes naturais, o município de Santa Tereza sofre novamente com a cheia do rio Taquari. Com cerca de 1,7 mil habitantes, na terça-feira (30), a ponte de ferro que dava acesso às localidades de José Júlio e Linha Bento foi arrastada pela força das correntezas do arroio Barramansa, um afluente do Rio Taquari .
A estrutura cedeu no momento em que a prefeita da cidade, Gisele Caumo alertava à população sobre os impactos da chuva através de um vídeo. Em entrevista à Rádio Caxias, Gisele evidenciou que Santa Tereza vive o pior momento da história, superando as enchentes ocorridas em novembro e em 4 de setembro do ano passado. Além disso, graves deslizamentos foram registrados, desta vez na região, o que provocou o agravamento da situação.
Conforme a prefeita, todas as pessoas que estavam em áreas de risco foram resgatadas, de maneira que o município não registrou nenhum óbito ou números de desaparecidos. Em coletiva de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou que as casas destruídas não podem ser construídas no mesmo local. Questionada sobre essa possibilidade, ela salienta que existe um plano diretor de edificações para que as casas sejam construídas em áreas que não haja risco.
Além da ponte, a balsa que realizava as travessias de Santa Tereza e São Valetim do Sul também foi comprometida após ser completamente destruída. Gisele Caumo evidencia que o município passava por um momento de reconstrução e que esta semana deveria ocorrer obras importantes frente as destruições provenientes das enchentes passadas.
No último sábado (5), o rio Taquari começou a baixar o que possibilitou a retomada de algumas famílias para as residências. Agora o trabalho deve ser de limpeza da cidade e um novo período de restauração e esperança, para Santa Tereza.