A pandemia do coronavírus apresentou dificuldades para o setor administrativo do Caxias. São mais de 70 dias sem jogos e treinos no estádio Centenário. O Grená teve uma queda no quadro de sócios e estima prejuízos de R$ 1,5 milhão pela paralisação.
Apesar da redução no número de associados, o clube esperava maior inadimplência. O vice-presidente social, Marcio Biazus, admite que a projeção indicava menor quantidade de ativos.
- Economicamente afetou a comunidade como um todo. Estávamos prevendo um impacto na questão social. Mas para nossa surpresa foi menos do que imaginávamos. Fica nosso agradecimento à fantástica torcida do Caxias. Tivemos uma redução em torno de 20% do quadro social.
Além da diminuição de receita pela questão dos associados, o Grená também avalia perda por não ter receita de bilheterias.
- Já tínhamos comunicado dentro do orçamento que iniciamos o ano e terminaríamos com déficit grande. Esse déficit a gente conseguiria reduzir significativamente com a nossa garantia da final do Gauchão. Estimamos que essa parada tirou, pelo menos, de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões. Entre renda, patrocínios e tudo mais - explica Biazus.
Segundo o vice-presidente social, o Caxias estuda uma maneira para beneficiar os sócios adimplentes e quem não conseguiu manter em dia a mensalidade.
- Estamos pensando e estudando como vamos fazer. A gente vai esperar um pouco mais para ter a certeza do retorno do futebol. O clube entende o momento e vai fazer todo possível para manter esses sócios. E vamos estudar uma forma para ajudar os que saíram.
Atualmente, a maior receita do Grená é oriunda do quadro social. Supera, inclusive, os recursos de cota de televisão e de patrocinadores. O Caxias espera continuar contando com seus associados.
- O clube continua. Nós não temos jogos, mas temos funcionários, jogadores e estrutura. A engrenagem continua girando. Quem puder, é muito importante continuar colaborando. Fizemos todo esforço para manter a estrutura que a gente tem. Principalmente do futebol. Não tivemos nenhuma redução que pudesse nos ajudar. Nossas despesas praticamente se mantiveram e precisamos dessa receita - reforça Marcio Biazus.
Departamento de Esportes