O presidente do Sindicato Empresarial de Hotelaria e Gastronomia (Segh) da Região Uva e Vinho, Vicente Perini, repercutiu a vigência, a partir desta terça-feira (23), da bandeira preta do distanciamento controlado estadual. Porém, Caxias e região foram autorizados a adotar restrições de bandeira vermelha, em virtude do sistema de cogestão regional.
A suspensão de atividades entre 20h e 05h está em vigor, impactando diversas atividades não essenciais, especialmente estabelecimentos que dependem da movimentação noturna. De acordo com Perini, o setor, mais uma vez, está pagando caro pelas restrições impostas pelo Estado.
O presidente da entidade, que abrange 19 municípios da região, defende que a coletividade não pague pelos casos isolados de desrespeito aos decretos. O líder sindical também avalia que as aglomerações também acontecem durante o dia, e que, por isso, o coronavírus não tem horário para infectar. Por fim, discorda que a suspensão das atividades à noite não terá eficácia para controlar a propagação da doença.
Pelo decreto estadual, a suspensão entre 20h e 05h é aplicada em todas as regiões, independentemente da cor da bandeira. Na vigência da bandeira vermelha, admitida pela cogestão, restaurantes, lanchonetes, lancherias e bares podem funcionar com 50% dos trabalhadores e 25% de lotação com, no máximo, seis pessoas por mesa, com distanciamento de dois metros entre mesas. O comércio por telentrega, drive-thru e pegue e leve pode funcionar até no máximo 23h. Restaurantes de autosserviço devem permanecer fechados.
Hotéis e similares podem funcionar com 60% de lotação com Selo Turismo Responsável pelo Ministério do Turismo. Sem essa certificação, apenas 40%. Estabelecimentos com até 10 habitações apenas 60% de lotação. Hotéis e similares localizados em beira de estradas e rodovias com até 75% dos quartos. Áreas comuns devem ser fechadas e controle de temperatura exigido.