A colheita em 2021 está 95% concluída no Rio Grande do Sul, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Faltando, portanto, 5% para o término, a entidade estima que não sobrará uva nas parreiras após o fim da próxima semana.
A vindima começou em dezembro, mas a maturação ocorreu de forma antecipada em cerca de duas semanas. A safra, que não sofreu quebras significativas, vem agradando em qualidade, enquanto que o volume de colheita está superando as expectativas.
A Emater projeta volume, ao menos, 10% acima dos 800 milhões de quilos previstos inicialmente. O número representa tanto a uva consumida em seu estado natural quanto a transformada nas cantinas.
O engenheiro agrônomo da Emater diz que ausência de picos de calor no inverno contribuiu para a qualidade da uva. Enio Todeschini complementa que as geadas tardias, a falta de chuvas regulares no último trimestre de 2020 não abalaram os vinhedos.
Por outro lado, Todeschini demonstra alguma preocupação com a quantidade de uva entregue e transformada na indústria. O especialista avalia que a falta de segurança na precificação do produto está provocando cerca intranquilidade dos viticultores.
Ainda em relação à qualidade, preocupou também o volume de chuvas entre janeiro e fevereiro. Isso porque o excesso de umidade aumenta a predisposição para doenças e reduz a quantidade de açúcar. Porém, o fruto conseguiu enfrentar o período sem grandes prejuízos.