Foi divulgado nesta semana pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), a Carta Mensal do Mercado Formal de Trabalho referente ao mês de junho. O documento é elaborado a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e do Ministério da Economia, apresentando os números do mês de referência para as cidades de abrangência da UCS.
O estudo indica que o mês de junho foi marcado pela redução do nível de empregos na área de abrangência da Universidade, identificada a partir da somatória dos resultados dos municípios, que totalizou 409 empregos negativos. Falando de Caxias do Sul, o estudo aponta um pequeno aumento de 0,03% diante do mês anterior, um saldo positivo de 47 empregos formais.
No Brasil, o cenário é de otimismo, foram criados mais de 200 mil empregos, acréscimo de 0,43% dos postos de trabalho em comparação com o mês anterior. Enquanto no Rio Grande do Sul, o período teve um saldo negativo de 8 mil postos, o que representa um decréscimo de 0,30%, ainda por conta das consequências das catástrofes climáticas que assolaram o estado no mês de maio, como comenta a professora Lodonha Coimbra Soares, coordenadora do Observatório do Trabalho da UCS.
Analisando os setores locais, a agropecuária terminou o mês com saldo negativo (-5,39%), a queda é ocasionada pela diminuição dos empregos temporários, devido ao fim das colheitas de maça, hortaliças e outros produtos. Já a indústria registrou um leve crescimento, com a criação de 31vagas. O setor que mais criou vagas foi o de serviços, com um total de 169 novos postos de trabalho em junho.
Ainda de acordo com a coordenadora do Observatório do Trabalho, o mercado está aquecido, o estoque de trabalhos formais, que representa a quantidade de trabalhadores com carteira assinada em Caxias do Sul no mês de junho, chegou aos 169 mil empregos, melhor marca desde 2013.
A perspectiva para os próximos meses é de que a economia continue se recuperando e consequentemente gerando mais empregos, no entanto, enquanto as estradas e pontes de acesso à Serra não estiverem totalmente recuperadas, esse crescimento deve ser contido. Os documentos do Levantamento do Observatório do Trabalho podem ser acessados aqui.