Fernanda Torres fez história na 82ª edição do Globo de Ouro, realizada nesse domingo (5), no The Beverly Hilton Hotel, em Beverly Hills, na Califórnia. A brasileira ganhou a categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, superando grandes nomes do cinema americano como Nicole Kidman (“Babygril”), Angelina Jolie (“Maria Callas”), Kate Winslet (“Lee”), Pamela Anderson (“The last showgirl”) e Tilda Swinton (“O quarto ao lado”). A Rádio Caxias conversou com envolvidos em produção audiovisual de Caxias do Sul sobre o impacto dessa vitória para o Brasil.
Felipe Gue Martini, jornalista e professor de audivisual da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), que já realizou trabalhos como produtor e diretor, afirma que sempre é interessante ter esse reconhecimento em prêmios internacionais no exterior, podendo trazer maior visibilidade para essa expressão cultural produzida no Brasil.
O filme “Ainda Estou Aqui”, além de indicado ao Globo de Ouro, também foi indicado ao Oscar. Lissandro Stallivieri, jornalista, produtor e diretor cinematográfico, afirma que ter um filme brasileiro indicado a esses prêmios já é uma vitória, e ele acredita sim que é possível que saia vitorioso no Oscar 2025, que acontecerá em março.
Outro ponto destacado por Felipe Gue Martini é que o impacto da vitória de Fernanda Torres como Melhor Atriz em Filme de Drama, junto do impacto que “Ainda Estou Aqui” está tendo nas redes sociais, pode impulsionar o aumento do consumo de cinema nacional entre os próprios brasileiros.
Fazia 26 anos que o Brasil não vencia o Globo de Ouro. A última vez foi em 1999, quando o filme “Central do Brasil”, também de Walter Salles, levou o prêmio na categoria então chamada de Melhor Filme Internacional. À época, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, também foi indicada como melhor atriz em filme de drama, mas acabou perdendo para Cate Blanchett.