A economia de Caxias do Sul apresentou um avanço de 1,3% em agosto de 2024, em relação ao mês anterior, sustentada por um desempenho positivo nos setores de indústria e serviços. Na comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi ainda maior, atingindo 6%. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), a indústria teve um crescimento de 2,4%, enquanto o setor de serviços avançou 2,1%. Já o comércio, registrou uma retração de 3,7% no mês.
No acumulado de 2024, de janeiro a agosto, o desempenho geral da economia caxiense revelou uma alta de 7,3%, com destaque para o setor de serviços, que cresceu 14,7%. A indústria registrou um avanço moderado, de 4,8%, enquanto o comércio cresceu 2,5%. Em uma análise de longo prazo, considerando os últimos 12 meses, o crescimento foi de 4,4%, sendo impulsionado principalmente pelos serviços, com um aumento de 15,4%. Por outro lado, a indústria registrou uma leve queda de 0,5% no período, enquanto o comércio ensaiou uma recuperação tímida de 0,6%.
Segundo o diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC, Alexander Messias, o crescimento observado em agosto foi impulsionado, em grande parte, pelas compras da indústria.
“O fluxo natural da economia é que a indústria compre para produzir e, posteriormente, vender. Isso reflete em pedidos em carteira, o que projeta vendas futuras nos próximos meses”, afirmou. Messias também demonstrou otimismo com o cenário econômico para o restante do ano, destacando que há expectativas positivas para o segundo semestre.
Para o assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, o varejo local tem oscilado entre altos e baixos ao longo do ano.
Ele destacou que o segundo semestre tende a ser marcado por datas comemorativas que tradicionalmente aquecem o comércio. Outro ponto relevante mencionado pelo economista é o nível de emprego no setor, que superou a marca de 27 mil vagas, o maior registrado nos últimos anos, demonstrando que o segmento está em expansão. Contudo, Ness alertou para a influência negativa dos jogos de azar, que acabam desviando recursos do consumo direto no comércio, impactando negativamente nas vendas.