A malha aérea em Caxias do Sul sofre alterações desde a última semana com a reabertura do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A partir desta segunda-feira (28), a companhia aérea Voepass deixou de operar e confirmou a suspensão definitiva das atividades. A decisão não afeta apenas Caxias, mas diversas bases aéreas da empresa no país e foi justificada como parte de uma estratégia empresarial. A readequação na malha aérea também reflete o impacto do acidente com o ATR 72-500, ocorrido em agosto, quando a aeronave caiu sobre a cidade de Vinhedo (SP) e vitimou 62 passageiros.
Os voos da Voepass eram realizados em parceria com a Latam, e as passagens podiam ser adquiridas diretamente no site da companhia. Atualmente, a Latam continua comercializando passagens entre Caxias do Sul e São Paulo, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Conforme o diretor, Cleberson Babetzki, o Aeroporto Hugo Cantergiani operava anteriormente com sete voos diários. No entanto, além da saída da Voepass, o terminal perdeu recentemente outros três voos: um operado pela Latam e dois pela Gol. Agora, o aeroporto conta com apenas três voos diários: Gol, com destino a Congonhas, chegando às 13h10 e partindo às 14h; Azul, com destino a Campinas, pousando às 14h35 e decolando às 15h15; e Latam, com destino a Guarulhos, com chegada às 17h20 e partida às 18h.
As malhas aéreas são propostas pelas companhias à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, posteriormente, negociadas com os terminais. Conforme Babetzki, após a reabertura do Salgado Filho, as companhias passaram a reavaliar as malhas de operação. Ele destaca que a concentração dos voos no turno da tarde vai permitir maior tempo sem ocupação do espaço, o que deve facilitar as melhorias no aeroporto.
A Voepass informou que os clientes que haviam adquirido passagens serão reacomodados em voos operados pela Latam, partindo de Caxias do Sul com destino a Guarulhos. A empresa também comunicou que vai manter os funcionários na cidade para colaborar no atendimento de outras bases, sem especificar quais. Assim, o Aeroporto Hugo Cantergiani, além de não conseguir manter os voos anteriores, opera com menos frequências do que no período anterior à enchente.