Os primeiros países a retaliarem as tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump anunciaram medidas nesta terça-feira (4). O Canadá foi o pioneiro, estabelecendo tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA, com parte das medidas entrando em vigor imediatamente e o restante em 21 dias. A China seguiu com novas taxas de 10% a 15% sobre exportações agrícolas americanas, além de restrições a 25 empresas dos EUA, válidas a partir de 10 de março. O México também condenou as tarifas e prometeu retaliação.
Segundo o economista Mosar Leandro Ness, o Brasil não deve sentir um impacto direto imediato, a menos que adote medidas semelhantes. Ele ressalta que o efeito atual é bilateral, afetando apenas importadores e exportadores envolvidos. No entanto, se os EUA adotarem uma política em bloco, todos os países integrantes seriam impactados.
Ness alerta que os EUA já impõem sobretaxas sobre produtos chineses e canadenses, e o Brasil pode ser o próximo alvo. Para evitar isso, o governo brasileiro deve buscar diálogo estratégico, entendendo os interesses americanos antes que medidas mais rígidas sejam tomadas.
A ordem assinada pelo presidente Donald Trump eleva as tarifas sobre a China de 10% para 20% e impõe 25% sobre importações do México e Canadá, justificadas pelo fluxo de drogas que chega aos EUA.