A noite deste domingo, dia 02 de março de 2025, foi histórica. Na 97ª edição do Oscar o Brasil finalmente foi premiado e saiu de Los Angeles carregando a mais irreverente estatueta do cinema mundial. O filme ‘Ainda Estou Aqui’ vem fazendo história desde o lançamento, no último mês de setembro, em Veneza. Diversos prêmios e reconhecimentos foram colecionados durante a divulgação, sendo o principal o Globo de Ouro, onde a protagonista Fernanda Torres foi vencedora na categoria Melhor Atriz em Filme Dramático. Essa premiação serve como um termômetro para o Oscar, o que aumentou o entusiasmo brasileiro.
A Academia, grupo seleto que integra o Oscar, indicou o filme de Walter Salles em três categorias: melhor filme internacional, melhor filme e Fernanda Torres como melhor atriz. As indicações ao prêmio já eram consideradas históricas, mas para melhorar o cenário ‘Ainda Estou Aqui’ arrematou a estatueta de melhor filme estrangeiro.
O diretor de cinema caxiense, Leandro Daros, avalia a vitória brasileira e traça elogios a produção do filme. Ele lembra a indicação do filme Central do Brasil, com Fernanda Montenegro, mãe de Torres. Em complemento, Daros destaca que, infelizmente, os holofotes recebidos pela obra não significam que o país terá indicações ao Oscar todos os anos.
Em conversa com a Rádio Caxias, o também roteirista e diretor cinematográfico, Lissandro Stallivieri, destacou a repercussão positiva do filme e a campanha intensa de divulgação. Além disso, ele cita a torcida brasileira por ‘Ainda Estou Aqui’ e o engajamento pela arte brasileira.
O filme é baseado no livro de autobiografia de Marcelo Rubens Paiva com enfoque na vida da mãe, Eunice Paiva, uma advogada que acabou se tornando ativista política na sequência da prisão e consequente desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, pela ditadura militar brasileira.