O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomênico (PSDB), fez um balanço nesta quinta-feira (10), dos primeiros 100 dias de seu governo, no segundo mandato à frente de uma das principais prefeituras do Estado do Rio Grande do Sul. Durante entrevista à Rádio Caxias, o chefe do Executivo destacou ações da gestão, deste ano, como por exemplo: a condução tocada até aqui e encaminhada pelo escritório de Brasília, com relação ao processo do caso Magnabosco, um possível acerto da dívida, que durante 40 anos, segundo ele, não aconteceu. O caso está próximo de uma assinatura de acordo entre as partes e os pagamentos da dívida devem iniciar em maio; a entrega do Centro de Capacitação e Compras, abrigando quem estava na rua e legalizando o trabalho de imigrantes vindos de outros países; a fusão de secretarias; a criação de uma pasta em específico para cuidar da gestão urbana da cidade; o cadastro de uma policlínica junto ao PAC federal, que será uma espécie de mini hospital para a região sul de Caxias; o maior pacote já visto, conforme o gestor público, para investimentos em drenagem para combater alagamentos na cidade, na ordem dos R$ 80 milhões; e ainda, recursos para obras e realização do túnel da Matteo Gianella.
Durante a entrevista, Adiló também reconheceu algumas falhas do governo municipal como, por exemplo, a conversa envolvendo alguns secretários e o Conselho Municipal de Desporto (CMD) em razão do corte de recursos destinados ao programa de Financiamento Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer de Caxias do Sul (Fiesporte). Para o prefeito, houve “falta de traquejo político” dos secretários na condução da questão, que gerou críticas da comunidade. O prefeito explicou que a decisão foi tomada devido à restrição orçamentária enfrentada pela cidade, priorizando outras demandas urgentes, como o pagamento retroativo de insalubridade a servidores da educação e os custos relacionados à PPP da Educação Infantil.
Outro ponto abordado na entrevista foi o número de cargos comissionados (CCs) na administração municipal. Adiló defendeu a gestão como “enxuta”, destacando que o número atual de 178 CCs é inferior ao registrado em gestões anteriores, quando a população era menor. Segundo o prefeito, “Caxias é uma das prefeituras com menor índice de gastos com cargos de confiança entre cidades do mesmo porte”, destacando que os CCs devem ser produtivos, e os que não entregarem resultados serão substituídos.
O prefeito fez questão de mencionar várias vezes o caso da área da então família Magnabosco. Segundo Adiló, a negociação foi conduzida pela Procuradoria-Geral do Município e pelo Escritório de Projetos, coordenado pelo vice-prefeito Edson Néspolo. Conforme ele, a prefeitura está próxima de uma assinatura do acordo entre as partes, ou seja, com os credores da dívida. O caso está próximo de um acordo e os pagamentos das parcelas devem iniciar em maio.
Por fim, apesar de respeitar as críticas da oposição e recebidas pela sua administração, Adiló se manteve otimista e reafirmou que a gestão está focada em resultados. Segundo ele, “governar é saber ouvir, corrigir quando necessário e seguir firme no propósito de melhorar a vida da população”.