O município está adotando novas estratégias para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O Diretor Técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, Rogério Poletto, destacou a importância do trabalho preventivo, principalmente neste verão, quando o mosquito se prolifera de forma mais acelerada devido ao calor e às chuvas. “É fundamental que a população fique atenta e realize a verificação constante em seus pátios, terrenos e ruas para evitar o acúmulo de água, que é o principal foco de proliferação do mosquito”, alertou Poletto.
Uma das iniciativas de sucesso neste combate é o uso das ovitrampas, pequenas armadilhas instaladas em pontos estratégicos da cidade para monitorar a presença do Aedes aegypti. Implantadas pela Secretaria Municipal da Saúde desde o ano passado, as armadilhas já mostraram resultados positivos neste início de ano. Em 2025, de 143 focos encontrados, 48 foram identificados nas armadilhas, representando cerca de um terço do total.
Conforme o entrevistado, cada armadilha é instalada uma vez por mês e retirada após cinco dias para análise em laboratório. A técnica tem sido uma ferramenta eficiente para o mapeamento das áreas de maior infestação, permitindo que os agentes de combate às endemias priorizem as regiões com maior presença de ovos ou larvas do mosquito. “Esse trabalho focalizado ajuda a otimizar nossos esforços, garantindo que o trabalho de campo seja mais eficaz e que possamos agir rapidamente nas áreas mais afetadas”, explicou o veterinário.
No entanto, Poletto fez questão de frisar que a colaboração da população é fundamental para que o controle da doença seja eficaz. “Não podemos esperar que o agente de campo chegue até a sua casa para verificar os focos. A população precisa ser proativa, realizando a limpeza constante de seus pátios e eliminando qualquer recipiente que possa acumular água parada”, ressaltou.
A Vigilância Ambiental em Saúde também realiza visitas regulares a imóveis, empresas e pontos estratégicos como floriculturas e borracharias. Além disso, as ações de monitoramento e a conscientização da comunidade continuam, como o Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRAa), que já contou com mais de 8 mil visitas de monitoramento este ano.
Poletto alertou ainda sobre a importância da manutenção em caixas d’água e reservatórios de captação de água da chuva, que podem ser locais ideais para a proliferação do mosquito se não forem bem vedados. “As frestas nas tampas podem ser pontos de entrada para o mosquito, que coloca seus ovos nas paredes internas dos reservatórios”, explicou.
A Prefeitura reforça que a prevenção é responsabilidade de todos e que a ação conjunta entre a comunidade e os agentes de saúde é a chave para reduzir os riscos da dengue em Caxias do Sul.