O consumidor costuma “levar um susto” ao entrar no supermercado diante dos altos preços que encontra nas gôndolas de produtos. Mas em relação às uvas a situação é diferente. Como a safra 2024/2025 vem sendo boa, com grande número de uvas e de boa qualidade, os preços despencaram. A Rádio Caxias conversou com representantes da vitivinicultura na região sobre a questão que, embora agrade aos consumidores, deixa os agricultores preocupados.
Conforme a última cotação semanal do Ceasa Serra, o quilo da uva niágara é vendido a R$4,33. Uma baixa de 30% em relação aos R$6,19 cobrados no mesmo período do ano passado.
Ricardo Pagno, presidente da Comissão Interestadual da Uva e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores da Cunha, acha prejudicial para os agricultores essa diminuição nos valores que não deveriam ocorrer, e crê que o principal fator para a baixa nos preços são acordos entre as indústrias do vinho para manter um preço “tabelado”, evitando a concorrência.
Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Darci Dani, a indústria vinicultora trabalha com a questão de oferta e procura, o que gera naturalmente uma diminuição dos preços.
Diferentemente da niágara, variedades de uvas finas como a itália e a rubi ficaram mais caras. Em 2025, o quilo é vendido, em média, a R$11,83, um pouco mais do que o preço de 2024, que era de R$11,25.