A aprovação salarial de 6,27% para 57 mil professores da rede estadual por unanimidade ocorreu na terça-feira (18). Com isso, o novo piso do magistério para contratos de 40 horas semanais passa a ser de R$ 4.867, um aumento de aproximadamente R$ 300. O reajuste foi determinado pelo Ministério da Educação e publicado no Diário Oficial da União em 31 de janeiro. O índice supera a inflação de 2024, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 4,77% e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,83%.
O governador Eduardo Leite afirmou que o aumento respeita os limites da responsabilidade fiscal. Segundo ele, todos os professores em sala de aula receberão o reajuste integral, assim como 75% dos inativos. Já os demais aposentados terão reajustes menores, pois, de acordo com Leite, os vencimentos já superam o piso devido a benefícios acumulados ao longo da carreira.
No entanto, a presidente do Centro dos Professores Primários do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Rosane Zan, criticou a exclusão de parte da categoria, especialmente dos aposentados que ainda possuem a parcela de redutibilidade. Segundo ela, mesmo com o reajuste, esses profissionais acabam tendo o valor compensado por descontos, o que resulta em 11 anos sem aumento salarial efetivo. Além disso, funcionários de escolas também não receberam reajustes no período.
Conforme Rosane, apesar das tentativas de diálogo com os deputados, as emendas que garantiriam aumento para toda a categoria foram rejeitadas. Ela reforça que, mesmo com parte do magistério sendo beneficiada, a mobilização continuará até que todos sejam contemplados.
Ainda na manhã de terça-feira, professores e funcionários da educação realizaram uma manifestação em frente ao Palácio Piratini, cobrando melhores condições estruturais para as escolas e a inclusão de aposentados e servidores no reajuste.