O grande assunto do momento, por ocasião da morte do Papa Francisco, é a votação que elegerá o novo chefe da Igreja, ou seja, o conclave. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, a reportagem da Rádio Caxias conversou com o Reitor do Seminário Maior São José, Secretário do Bispo Diocesano de Caxias do Sul e Chanceler do Bispado, padre Eleandro Teles.
Neste sábado (26), os funerais do papa terminaram com uma missa e o sepultamento, na Basílica de Santa Maria Maior; agora, celebram-se mais oito missas nos oito dias seguintes, fechando o período chamado Novemdiales. A partir daí, todas as atenções se voltam para o conclave.
Padre Eleandro explicou que o conclave se inicia com uma missa e é um momento de muita oração, semelhante a um retiro. Ele também destacou que o fato de ser uma votação fechada e sigilosa tem por objetivo evitar as influências externas para que os cardeais votantes reflitam bem em quem irão escolher para ser o novo bispo de Roma.
Outro ponto destacado pelo sacerdote é que não há nenhum tipo de tecnologia utilizado no conclave. A votação é feita através de cédulas de papel.
Padre Eleandro Teles também frisou que o colégio cardinalício tem, no total, 252 cardeais. Destes, apenas 135 podem votar, pois possuem menos de 80 anos. Os cardeais brasileiros são oito, porém apenas sete são votantes.
Conforme Teles, quando um dos cardeais atingir dois terços dos votos é eleito o novo Sumo Pontífice. Primeiramente, é perguntado ao vencedor se ele aceita o cargo. Em seguida, questiona-se se ele quer mudar o nome. Depois, o novo papa se dirige à Sala das Lágrimas da Capela Sistina para vestir-se antes de se apresentar ao povo presente na Praça de São Pedro, no Vaticano. Enquanto isso, uma fumaça branca é emitida para sinalizar “Habemus Papam’, ou seja, “temos papa”.