Os vereadores de Caxias do Sul expressaram sua discordância em relação ao chamado Decreto Tajani ao aprovarem, de forma unânime, a moção 9/2025 durante a sessão ordinária de quinta-feira (17). A proposta, idealizada pelo vereador Alexandre Bortoluz (PP), refere-se ao decreto 36/2025, que aborda a cidadania jus sanguinis na Itália. Esse decreto, assinado pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, impõe restrições à concessão da cidadania italiana, limitando seu reconhecimento até a segunda geração.
O Senado italiano programou para os dias 7 e 8 de maio a análise e votação do decreto, que poderá ser transformado em lei, mantendo o conteúdo atual ou com algumas alterações. Desde o final do mês anterior, apenas aqueles que tenham pelo menos um dos pais ou avós nascidos na Itália podem se considerar cidadãos desde o nascimento. Além disso, os filhos de italianos automaticamente obtêm a cidadania se nascerem no território italiano ou se, antes do parto, um dos pais, sendo cidadão italiano, tiver residido ali por um período mínimo de dois anos consecutivos.
A moção também contou com assinaturas dos vereadores Aldonei Machado (PSDB), Andressa Mallmann (PDT), Calebe Garbin (PP), Daiane Mello (PL), Daniel Souza (REPUBLICANOS), Sandra Bonetto (NOVO) e Tenente Cristiano Becker (PRD).
Vereadores de Caxias do Sul se opõem ao decreto que restringe o reconhecimento de cidadania italiana
