A Federação Gaúcha de Futebol divulgou, nesta quinta-feira (06), o áudio do VAR da partida entre Juventude e Grêmio pelo segundo jogo da semifinal do Gauchão. Diante disto, o time alviverde se posicionou, através de uma nota oficial, alegando “total contrariedade e indignação com os critérios de avaliação do árbitro Anderson Daronco, bem como com os profissionais responsáveis pelo VAR, especialmente na figura do Sr. Caio Max Augusto Vieira.”
Na nota oficial o Juventude argumenta que: “O ponto crucial de contestação – dentre tantos que podem ser apontados – está na interpretação destes dois árbitros quanto ao lance de gol do Grêmio, aos 51 minutos do segundo tempo quando, notoriamente, o atleta Gustavo Martins eleva seu pé em ação de finalização e divide jogada com o atleta Mandaca, que por sua vez ataca a bola com a cabeça. Há, portanto, uma dividida em contato intenso e inquestionável, que pode ser apurada em todos os ângulos utilizados – ou não – pelo VAR.“
Na sequencia do posicionamento, o Alviverde pondera que foi prejudicado, pela arbitragem, pelo segundo ano consecutivo: “Diante do exposto, o Esporte Clube Juventude entende que, pelo segundo ano consecutivo, foi prejudicado pela arbitragem no Campeonato Gaúcho. Em 2024, na final, diante do próprio Grêmio, na Arena, houve um lance claro de pênalti sobre o atleta Gilberto, em dividida com o goleiro. Na ocasião, o VAR nem ao menos analisou o lance que, após o jogo, ganhou espaço nos debates e, também, foi identificado como pênalti por analistas de arbitragem.”
“Por fim, entendemos que o Campeonato Gaúcho, pela representatividade que tem no cenário nacional, precisa de uma arbitragem mais segura e menos suscetível à condicionamentos, algo que ocorreu ao longo de todo o campeonato e se acentuou gravemente na semana que antecedeu a partida em questão”, finaliza a nota oficial.
Segue nota oficial completa do Juventude sobre o áudio do VAR divulgado pela FGF:
“Diante dos áudios publicados na tarde desta quinta-feira (06/03) pela CEAF da FGF, referentes ao VAR da partida entre Juventude e Grêmio, válida pelo segundo jogo da semifinal do Campeonato Gaúcho, o Esporte Clube Juventude vem a público manifestar sua total contrariedade e indignação com os critérios de avaliação do árbitro Anderson Daronco, bem como com os profissionais responsáveis pelo VAR, especialmente na figura do Sr. Caio Max Augusto Vieira.
O ponto crucial de contestação – dentre tantos que podem ser apontados – está na interpretação destes dois árbitros quanto ao lance de gol do Grêmio, aos 51 minutos do segundo tempo quando, notoriamente, o atleta Gustavo Martins eleva seu pé em ação de finalização e divide jogada com o atleta Mandaca, que por sua vez ataca a bola com a cabeça. Há, portanto, uma dividida em contato intenso e inquestionável, que pode ser apurada em todos os ângulos utilizados – ou não – pelo VAR.
No entanto, há manifesta confusão na tomada de decisão do VAR: “O gol, para nós aqui, é legal. O jogador atinge, mas eu sugiro que você venha para validar, já que é o último lance”. Daronco, então, responde. “Não é o momento. Ou é gol ou não é gol”. O VAR, então, dá sequência, dizendo: “olha, pra mim o gol é legal, tá. O jogador que vai de encontro ao defensor, não há contato com ele. Não tem contato, Daronco”.
O Esporte Clube Juventude entende que é imperativo identificar em todos os ângulos da jogada, um contato. Inclusive, uma análise minimamente atenta permite observar o rosto do atleta Mandaca apresentando a propagação do impacto causado pela perna do adversário. Não há absolutamente nada que possa, neste lance, sugerir que não houve contato, como apontado pelo VAR e confirmado por Daronco.
Tal irregularidade foi constatada por inúmeros analistas de arbitragem, que identificaram, no mínimo, “lance perigoso”. A própria IFAB (International Football Association Board), entidade responsável pelas regras do futebol, entende – conforme trecho abaixo – que bicicletas são permitidas, desde que não ofereçam nenhum tipo de risco para o adversário. Se há contato, há mais do que risco. Há uma ação faltosa.
Diante do exposto, o Esporte Clube Juventude entende que, pelo segundo ano consecutivo, foi prejudicado pela arbitragem no Campeonato Gaúcho. Em 2024, na final, diante do próprio Grêmio, na Arena, houve um lance claro de pênalti sobre o atleta Gilberto, em dividida com o goleiro. Na ocasião, o VAR nem ao menos analisou o lance que, após o jogo, ganhou espaço nos debates e, também, foi identificado como pênalti por analistas de arbitragem.
Por fim, entendemos que o Campeonato Gaúcho, pela representatividade que tem no cenário nacional, precisa de uma arbitragem mais segura e menos suscetível à condicionamentos, algo que ocorreu ao longo de todo o campeonato e se acentuou gravemente na semana que antecedeu a partida em questão.”