A demora para fazer o procedimento oftalmológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município tem gerado reclamações e preocupações entre os pacientes. Um exemplo é o caso de dona Lourdes de Fátima Carraro. Ela é diabética, enfrenta problemas de catarata e está na fila da cirurgia.
A filha dela, Jucemara Oliveira, conta que a fila de espera pode chegar a mais de quatro meses. Segundo ela, para uma doença que afeta significativamente a qualidade de vida da mãe e dos demais pacientes. Ela explica as dificuldades decorrentes da catarata, enfrentadas por dona Lourdes, e que compromete a rotina da idosa.
A cota mensal de 50 vagas para cirurgias de catarata não tem sido suficiente para atender à demanda crescente da população de Caxias. O serviço gratuito pelo SUS é prestado pela Unidade Oftalmológica Clélia Manfro do Hospital Virvi Ramos.
A diretora do hospital, Cleciane Doncatto Simsen, explica que a limitação é imposta pelo contrato estabelecido com a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ela, Virvii Ramos realiza o contrato firmado, mas o número de cirurgias poderia ser ampliado dependendo da demanda e do tamanho da fila de espera.
Em nota, a Secretaria da Saúde esclarece que não é o Município que custeia as cirurgias, mas sim, o Governo Federal, por meio do Teto MAC repassado pelo Ministério da Saúde. O Executivo avalia que o valor está defasado há anos.
A Secretaria destaca ainda que, no ano passado, o Município realizou o dobro de cirurgias de catarata previstas em contrato, atingindo uma média de 106 procedimentos mensais. A Prefeitura conseguiu dobrar o número graças a recursos de programas específicos.
Além disso, que entre dezembro de 2023 e março deste ano, vão ser ofertadas 10 cirurgias a mais por mês, custeadas com emenda parlamentar. A Secretaria destaca que a cirurgia de catarata é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um procedimento de urgência.