O Brasil fechou o ano de 2023 em meio a mudanças bastante positivas no cenário econômico. A reforma tributária, que tem como objetivo simplificar a cobrança de impostos em todos os passos das cadeias produtivas, tende a impulsionar o investimento em novos empreendimentos e indústrias. Outras mudanças que envolvem a modernização, não apenas do sistema tributário, mas da arrecadação e do gerenciamento dos recursos, devem ser a chave para que o País caminhe no rumo certo em 2024.
Novas fontes de arrecadação
A fim de equilibrar as contas públicas, o Governo tem tomado medidas para aumentar a arrecadação. Dois bons exemplos são a regulação das apostas esportivas, as chamadas bets e a PL das criptomoedas, que já iniciou 2024 taxando aqueles que fazem investimentos em fundos internacionais, moedas virtuais ou que fazem negociação forex. Se somadas, as arrecadações devem trazer quase R$9 bilhões aos cofres públicos.
O desafio do PIB
O PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 ficou perto de 3%, isso significa que, nominalmente, foi de US$ 2,13 trilhões. O resultado surpreendeu especialistas que estimavam algo em torno de 1%. No entanto, as projeções para 2024 não são tão animadoras. A mais positiva delas dá conta de 2,9%. Nada além disso. A expectativa mais conservadora se dá por conta de fatores externos (guerras, recessão, acordos internacionais etc.) e internos, mas, essa previsão de crescimento mais tímido não está destinada apenas ao Brasil. O mundo todo sofrerá com isso durante 2024, de acordo com especialistas financeiros.
Nona economia do planeta
Mesmo com a previsão de um PIB mais tímido, o Brasil pode se tornar a 8ª economia do planeta até 2026, se mantiver as medidas do último ano. Atualmente, o País se encontra em 9º lugar na lista elaborada e divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso representa um grande avanço, afinal, em 2022, o Brasil nem estava entre as dez primeiras posições, era a 11º da lista. Figurar em posições de destaque é importante, afinal, estar entre as maiores economias do mundo traz prestígio e faz os olhos dos investidores se voltarem ao País.

Possíveis entraves
Apesar das boas expectativas, há analistas que seguem uma linha mais conservadora para a avaliação do Brasil de 2024. As contas públicas representam uma grande dúvida. O déficit fiscal brasileiro cresce a cada dia e, apesar dos esforços da nova equipe econômica em estancar os gastos, a conta continua não fechando. É estimado que até o momento, o PIB só pague cerca de 2% dos gastos públicos. Descobrir uma nova fórmula para diminuir os gastos e arrecadar o que é necessário para cobrir o que já foi gasto será o maior desafio da equipe econômica.
O que esperar para os próximos meses
O primeiro trimestre de todos os anos dá um bom norte sobre o que pode se esperar da economia no Brasil. Isso se deve ao resultado da primeira safra, que define também o valor dos alimentos. A boa recuperação de 2023 se deve ao resultado surpreendente da safra de grãos e oleaginosas, que foi 20% maior que em 2022. A pecuária também representou uma boa parcela desse bom resultado, no entanto, apostar que todo esse fenômeno se repita, é leviano.