O TaliesEM – Escritório Modelo do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Caxias do Sul concluiu recentemente um mapeamento de conjuntos habitacionais por meio de convênio com a Universidade do Vale do Taquari (Univates) e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, via Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur). O trabalho, realizado de forma emergencial, analisou o “antes e o depois” dos locais mais atingidos pelas chuvas de maio.
Foram elencados os municípios que ainda enfrentam situação de calamidade devido ao pior evento climático já ocorrido na história do Estado. O levantamento foi entregue ao governo estadual no final de julho com o objetivo de acelerar o processo de reconstrução, que passa a ser desenvolvido agora pelo Escritório de Projetos de Restabelecimento e Reconstrução (EP2R). O relatório também é importante para que os municípios possam cadastrar seus planos de reconstrução habitacional no sistema SiD – Sistema Integrado de Informações sobre Desastres da Defesa Civil, para fins de solicitação de verbas de reconstrução habitacional. A coordenadora do escritório, professora Terezinha Buchebuan, explicou como foi realizado o mapeamento das áreas atingidas e o quais devem ser os próximos passos.
O trabalho iniciou em junho e foi coordenado pela Univates, com a participação da UCS, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Universidade de Santa Cruz (Unisc), todas elas instituições comunitárias.
Foram mapeadas cidades das regiões do Vale do Taquari, Jacuí, Serra, Norte, Nordeste, Vale do Rio Pardo, Centro, Região Metropolitana, Vale do Cai, Vale do Rio dos Sinos e Sul. A UCS mapeou 20 conjuntos habitacionais: quatro em Caxias do Sul, seis em Parobé e dez em Três Coroas.
Segundo a coordenadora, os desafios futuros vão muito além de tirar as pessoas das áreas de risco, as recentes tragédias ambientais remetem a importância do planejamento urbano, a necessidade de repensar as ações sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas. A sociedade precisa buscar o equilíbrio entre o tripé econômico, ambiental e social, mitigando as consequências a curto e longo prazo.