A nova presidente da Câmara de Vereadores de Caxias vai começar o ano legislativo, com a atribuição de conduzir a sessão onde vai ser votado o segundo pedido de impeachment do prefeito Adiló Didomenico (PSDB). A denúncia protocolada pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu teve uma reviravolta, na última sexta-feira (05), com a assinatura do contrato com o Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saude (Ideas). O fato gerou uma emenda ao requerimento inicial. O documento foi protocolado nesta segunda-feira (08).
Entre outros novos fatos sobre o caso, o autor contesta a dispensa de licitação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde para contratar o Ideas. Segundo ele, o valor total do contrato, que é de mais de R$ 16 milhões, não está previsto na Lei de Licitações e Contratos Públicos.
Por causa disso, Fabris pediu para que a presidente da Câmara de Vereadores, Marisol Santos (PSDB), a realização de uma sessão extraordinária, ainda em janeiro para votar o requerimento. Dada a gravidade do assunto, ele considera um contra-senso esperar o fim do recesso parlamentar para apreciar a matéria.
Fabris ainda disse que não tinha muito expectativa quanto ao pedido ser acolhido. No entanto, dada a repercussão com os últimos acontecimento, ele acredita que o impeachment passe pelo crivo dos parlamentares. Caso contrário, os vereadores é que podem responder ao Ministério Público por omissão, uma vez que a não obediência a Lei de Licitações, em si, já ensejaria um crime.