Essa é a terceira edição do projeto, que já teve outras duas, em junho e julho, deste ano. A iniciativa sempre traz para o debate assuntos que tem a ver com a realidade dessas mulheres que decidiram ser mães solo, ou então, se viram diante dessa situação. A educadora social, Jaqueline Andrades, líder do comitê de educação do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo de Caxias do Sul, explica que o próximo bate-papo acontecerá no dia 22 de agosto, no
Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos (SCFV RimViver), sendo um encontro fechado. Contudo, a intenção do grupo é ampliar mais esse serviço, para isso elas estão realizado um mapeamento dessas mulheres em Caxias do Sul.
Jaqueline ainda esclarece que o Grupo Mulheres do Brasil é um movimento político subpartidário que visa potencializar as capacidades femininas, permitindo que as mulheres se tornem protagonistas de suas vidas e ocupem um lugar igualitário na sociedade. Conforme Jaqueline, o grupo promove palestras, como essa, para despertar a autonomia econômica e o cuidado integral de mulheres chefes de família. Além disso, o grupo busca resgatar valores como empoderamento feminino, respeito e sustentabilidade, focando em mães solteiras, ou seja, mulheres em situação de vulnerabilidade social e, também, vítimas de violência doméstica. Segundo a educadora social, a justificativa para isso é simples, permitir por meio dessa ação social a garantia de direitos e o acesso a benefícios sociais, considerando a fragilidade material, moral e psicológica, enfrentada por essas mulheres, devido ao contexto social.
A auxiliar administrativa, Sabrina Moreira, mãe do Otávio Augusto, de 13 anos, explica que foi mãe aos 21 anos e que o filho foi diagnosticado com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e Transtorno Desafiador Opositivo (TOD), aos seis anos. Sabrina relatava que veio de uma família que tem problemas com alcoolismo e que a relação com o pai de Otávio também foi conturbada. Segundo ela, compartilhar a sua experiência pessoal com outras mulheres, dentro do grupo de apoio, criado pelo Mulheres do Brasil, a ajudou a seguir em frente. Isso porque, não raro, mães solo são muito subjugadas, sentem-se sozinhas e precisam de muita resiliência e determinação para enfrentar os desafios da maternidade, principalmente, porque a maioria não conta com uma rede de apoio.
Fundado em 2013, o grupo reúne mulheres de diversos segmentos e trabalha em seis comitês temáticos, incluindo combate à violência doméstica, igualdade, educação, saúde, empreendedorismo e comunicação. Atualmente, o grupo conta com 421 mulheres, sendo 59 delas diretamente envolvidas nos comitês. Interessadas em saber mais sobre a atuação do grupo podem acessar as redes sociais da entidade apartidária em @ grupomulheresdobrasilcaxiassul