O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, ainda na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.
Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. entretanto, na visão da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares, o trabalho da pasta estadual foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul.
Durante entrevista ao programa Jornal da Caxias, na manhã desta sexta-feira (26), Collares disse que foi com o repasse dos dados da Secretaria, que o Ministério se embasou para tomar a decisão. Segundo ela, o estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.
Questionada sobre a doença, se atacaria a saúde das pessoas, proveniente do consumo da carne de aves contaminadas, a diretora afirmou:
“A doença de Newcastle não é uma enfermidade de importância que vai afetar a saúde das pessoas. O consumo de carne de aves ou de ovos, claro que a gente vai recomendar de uma procedência conhecida, mas a doença de Newcastle não tem esse apelo a saúde pública”, disse a diretora da Secretaria Estadual da Agricultura.
Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.
As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença.
Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
Acompanhe, em áudio, a entrevista da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares, durante o programa Jornal da Caxias, nestas sexta-feira (26).