Em uma semana marcada por intensas discussões em torno da contratação do Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência Técnica (Ideas), a Comissão de Saúde de Caxias do Sul expressa seu apoio ao Poder Executivo. Na última sexta-feira (05), após uma edição extra do Diário Oficial Eletrônico (DOE), o governo municipal publicou o extrato do contrato com o Instituto, relacionado à prestação do serviço materno-infantil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Pompéia.
A divulgação tardia gerou cobranças da comunidade e diversos segmentos sociais, que questionaram a ausência de informações sobre o processo de licitação. O controle social, conselhos profissionais (CMS, Coren e Cremers), sindicato dos servidores (Sindiserv), e até mesmo a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara de Vereadores, buscaram esclarecimentos e cópias do contrato.
Sem explicações oficiais por parte do Executivo, a pressão resultou em uma denúncia ao Ministério Público (MP). O presidente da Comissão de Saúde, Olmir Cadore, declarou apoio ao Executivo, ressaltando a importância da união entre Saúde e Governo em meio às controvérsias.
Os acontecimentos culminaram no pedido de impeachment protocolado por Fabris, com votação de admissibilidade marcada para 1º de fevereiro. O autor do pedido de impeachment, Ricardo Fabris, contesta a forma de contratação, alegando improbidade administrativa e solicitando a cassação do mandato do prefeito Adiló.
Em resposta, Fabris emitiu uma nota oficial, classificando a divulgação de 28 de dezembro como “fake news” e suposta propaganda extemporânea de Adiló, pré-candidato à reeleição ao Executivo de Caxias do Sul neste ano. A polêmica continua a envolver a cidade em meio a debates políticos e questionamentos sobre a transparência administrativa.