A enchente de número cinco. É por números que a cidade de Santa Tereza vem identificando cada uma das cheias do Rio Taquari. Em dez meses a cidade às margens do fluente vive com o terror da chuva que quando cai não é nada sutil. As ações nesse último final de semana iniciaram no domingo (16) pela manhã com a atuação das equipes de obras e agricultura. As primeiras iniciativas ficaram em torno da desobstrução de estradas e evitar o isolamento de algumas pessoas.
Com a projeção de elevação do Taquari, caminhões baú foram enviados para a retirada de famílias e os respectivos bens das áreas de risco já na noite de domingo e nesta segunda-feira (17) pela manhã. Cerca de 80 pessoas precisaram sair das residências. O nível mais alto foi de 16,38 metros por voltas das 11h. Mas com o passar das horas o nível foi diminuindo e na atualização das 17h45 estava em 15,05 metros. Não foram atingidas residências, mas o monitoramento segue diante das previsões de instabilidade para os próximos dias.
A secretária da Fazenda de Santa Tereza, Virginia Furlanetto, comenta a realocação de casas que estão em áreas de alagamento atualmente. O município já trabalha com famílias sendo enviadas para outras localidades e conta com apoio do Estado para poder retirar outras 12 de áreas de risco.
O Município também tem cadastrado junto ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional projetos para a reconstrução da cidade. Entre eles estão previstos a reestruturação de pontes, estradas e pavimentações. As perdas avaliadas desde setembro contabilizam cerca de R$ 90 milhões contra R$ 22 milhões do orçamento municipal.