O aumento de preços na dobradinha clássica, arroz com feijão, já pesa no bolso dos gaúchos, desde o dia 1º de maio, diante da retirada de alguns benefícios fiscais pelo Governo do Estado. Além disso, as enchentes que inundaram supermercados do Rio Grande do Sul, e interditaram vias, também exercem pressão neste reajuste dos preços. Contudo, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, garante que não faltarão produtos nas gôndolas dos supermercados. Isso, graças à autonomia de estoques destes estabelecimentos.
Segundo o presidente da Agas, os supermercados têm, em média, capacidade de abastecimento para 25 dias e a maioria ainda conta com centrais de distribuição. Além disso, ele esclarece que a liberação escalonada de acessos viários, no Estado, também deverá permitir a reposição destes itens. Todavia, ele admite que produtos pontuais como, a água mineral, enfrentam alguns entraves para essa reposição. Entre eles, questões ligadas à logística de escoamento de produtos, captação junto às fontes e o envase, por falta de insumos. Além disso, conforme Longo, muitos colaboradores enfrentam problemas de deslocamento, até os postos de trabalho, o que também ocasiona dificuldades na reposição de produtos.
Acerca desse aumento de preços, o presidente da Agas disse que isso se dá ante a escassez de alguns produtos e, ainda, diante da retirada de alguns benefícios fiscais, autorizada pelo governo do Estado, a partir do dia 1º de maio. E que incidiram, significamente, sobre itens que compõe a cesta básica. Além disso, o Procon estadual teria regulamentado a limitação de itens, por consumidor, a fim de prevenir o desabastecimento e o aumento abusivos de preços.
Segundo o presidente da Agas, o Estado conta com mais de 6,5 mil estabelecimentos comerciais, e cerca de 120 tiveram lojas inundadas pelas enchentes, principalmente, em Canoas, Porto Alegre e no Vale do Taquari. Neste sentido, o dirigente explica que a entidade está buscando apoio governamental, a fim de solicitar a prorrogação de prazos, junto aos fornecedores, visando a reestruturação desses empreendimentos.